sexta-feira, 25 de novembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
0192 Das Gavetas Nascem Sons (stop motion)
sábado, 18 de junho de 2016
0190 Modelos de pintura para Das Gavetas Nascem Sons II
Pintado também pelo Ícaro a partir de um frame em desenho do filme exceptuando o 3º, pintado pela Diana Peixoto
domingo, 1 de maio de 2016
0188 Narragonia Caracterização dos personagens
Este projecto não prevê a
presença de personagens principais, todos terão a mesma relevância no
desenvolvimento da narrativa, a de figurantes. Serão na sua maioria cidadãos
anónimos individuais e colectivos que manifestem posições contrárias, os que
mantêm riqueza interior e outros que a perderam, uns alienados e outros que
preservam e desenvolvem as suas consciências e maneiras de estar. Serão
crianças e pais ordenadores, estudantes trajados em pequenos jogos de poder e
os não trajados que pretendem sucedê-los. Submissos e ditadores. Discursadores
eloquentes de monólogos, com e sem plateia. Persuadidos e persuasores; cidadãos
comuns que cumprem os rituais ordinários ditados pela vida e os que não
encontram qualquer sentido nisso.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
0186 Narragonia
(Proposta para desenvolvimento de projecto ao concurso do Instituto do Cinema em Abril de 2016)
Sinopse
Na ilha dos loucos há dois
tipos de loucura. Uma que se vê e que se aproxima da verdade e outra que não. Num
ritmo crescente ambos delírios parecem
ganhar mais e mais terreno e através de momentos das suas crescentes aparições
poderemos pôr questões simples mas essenciais como Qual é o significado da
vida? Quem eu quero ser ou o quê que realmente me interessa.
Nota de Intenções
Narragonia é a ilha para
onde se dirige a barca dos idiotas, num poema originalmente escrito por
Sebastian Brant em 1494 - Das
Narrenschiff. Neste poema, pouco depois entre 1503-1504 interpretado por
Hieronymus Bosh na Nau dos Insensatos,
um óleo sobre madeira; o mundo é narrado como uma barca onde os seus
passageiros eram o retrato da humanidade da época. Brant expõe as fraquezas e
vícios do seu tempo. Ele concebe Saint Grobian, retratando-o, o santo da
vulgaridade e das pessoas grosseiras.
Nas Narragonias dos dias de
hoje a barca trouxe duas loucuras. Uma é aquela que nos aproxima da nossa
verdade individual, daquilo que somos, não deixa q o exterior penetre na
tentativa de preservação desse universo. A segunda abdica dos valores pessoais
e é totalmente condicionada por valores externos, os valores vigentes.
Caracteriza-se pela obediência e conformismo. Enquanto que a primeira, a
esquizofrenia, a loucura visível, apresentada pela psicologia e psiquiatria
como doença mental, está conotada com a ideia de que se trata de uma perda
gradual da noção da realidade, a segunda, designada por Arno Gruen como a loucura da normalidade encobre outro
género de doença muito mais perigosa que é aquela caracterizada pelo
comportamento normal, uma patologia da adaptação em consequência da renúncia do
Eu. Dá-se a substituição de sentimentos por conceitos de sentimentos sem que se
trate neles de verdadeira experiência. “ Quanto mais saudável a imagem da
identidade que assumiram tanto maior será o sucesso dessa manipulação, ja que a
intenção não é exprimirem-se mas de convencer o parceiro de que agem ,pensam e
sentem de uma forma adequada.”
Para Mário de Sá Carneiro a
loucura era uma questão de maiorias. Só o são loucos porque ainda estão em
minoria. Mas sociedades actuais parecem caminhar a passos largos para ambas as
manifestações de loucura e parecem não saber lidar muito bem com a diferença.
Sobretudo a da normalidade onde sentimentos primários como a dor, a preocupação
e a impotência não têm lugar e são encarados como fraqueza mesmo sendo eles em
estâncias posteriores da vida gatilhos para o desenvolvimento da consciência,
do altruísmo e da criatividade,. Em vez disso são incutidos valores ligados ao
consumo, ao empreendedorismo e competição omnipresente. O cumprimento de
deveres substitui a responsabilidade pessoal, a perda de autenticidade para se
participar no poder, a massificação dos gostos e ideias parecem ganhar terreno
e alienação crescente individual e colectiva. Obedecer, produzir e consumir,
eis o tríptico que domina a vida ocidental. Obedece-se aos pais, aos
professores, aos patrões, aos proprietários, aos comerciantes. Obedece-se
também às leis, às forças da ordem e a todos os tipos de poderes.
Este é o território que
tenciono abordar neste projecto. No sentido de lembrar que a contagem do tempo
não pára e questionar sobre a maneira como ja estaremos com os pés em
Narragonia pretendo a partir de uma colagem de sons de momentos do quotidiano
urbano fazer um retrato dos dias e da evolução dos dois estados mentais.
Será através de um processo
próximo do de Arthur Lipsett em filmes como 21-87
ou Very Nice Very Nice e Six Weeks in
June de Stuart Hilton. Inicia-se com a construção de uma trilha sonora e
posteriormente seguir-se-á a construção da narrativa da imagem partindo
obviamente da do som. Elas terão uma ligação bastante íntima mas sem se tratar
necessariamente de sincronia.
Pretendo fazer entrevistas e
gravações no exterior, de sons da vida urbana, conversas na rua ou monólogos de
personagens ora vinculados à incapacidade de lidar com o mundo exterior, ora
vinculados com o absurdo da normalidade ou até a outros que não estejam em
nenhuma dessas circunstâncias e tenha também relevância para o tema. De maneira
que apareçam na narrativa articuladas como se fosse um só discurso e com uma
ordem de loucura crescente.
Esteticamente pretendo que a
expressão individual esteja bastante presente. Desse modo o desenho, meio de
comunicação primitivo e pessoal por excelência terá uma grande importância.
Pretendo que esse desenho conviva com elementos vindos, assim como o som, da
vida real, representativos da publicidade, do consumo e da economia como
cartões pessoais, etiquetas ou embalagens. Quero que estejam presentes no papel
e cartão que servirá de suporte do desenho que será em tinta da china. Pretendo
também que esteja presente no desenho texto escrito à mão e números. Este texto
represente o universo de alguns personagens e os números referem-se à contagem
do tempo assim como abordou o Roman Opalka em várias pinturas. Algum lirismo do
desenho a aparo ou outros meios de registo da tinta da china poderá estar
próximo de autores como o Dave McKean
quarta-feira, 20 de abril de 2016
sábado, 26 de março de 2016
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